No sábado as conchas se abrem para um mar claro de desejos e pérolas.
Eu desejei vê-lo, enquanto caminhava até o ramo para entrar em crisálida e cobrir-me com minha própria tristeza, e o vi.
Depois de criar asas, pousei em um bar e o revi, acendendo um cigarro do lado errado, ri.
Eu queria que ele visse meu riso, minha metamorfose, meu casulo, minha trilha de larvas e ele não viu, ele nunca vê, ele nunca verá.
No domingo as conchas se fecham para um mar obscuro, sem desejos, sem pérolas.
Poste sempre que der, por favor, pois pretendo te visitar muitas vezes.
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