sábado, 31 de agosto de 2013

Querido diário,

Quem atiraria a mesma pedra duas vezes e não se cansaria até conseguir rachá-la e enfrentar a nostalgia que rodeia as calamidades da morte?
Seria possível encarar o espelho rachado, a água turva, o olhar sofrido de algum desconhecido que anseia por um ombro amigo sem um pingo de dor?
Ou aceitar os balões com confete caindo em cima de nossas cabeças, introduzindo pensamentos fúteis sobre: o que comer amanhã? O que inventar para a mãe? Ou naquela cachoeira oculta no meio da floresta.
Não quero uma sombrinha nova, nem aceito um pedaço de bolo.
Só quero alguém que expulse os demônios que eu carrego nas costas, e assim voaremos felizes, como andorinhas, livres e capazes de realizar desejos ilimitados.
Preciso decodificar os códigos que envolvem minhas angústias.
Preciso de um café.
Adeus coração.

sábado, 17 de agosto de 2013

Querido diário,

Sim, eu estou perdido entre loucuras irreais e sofrimentos de ilusão.
Eu tenho tantas saudades, mas o universo conspira contra todas as formas possíveis de matá-las.
Não é que eu queira destruir sua vida, só quero que essa dorzinha que me atormenta passe, ou quem sabe diminua um pouco.
- Corte a sua raiz! - Alguém gritou.
Mas eu não tenho coragem de procurar por uma faca, ou algum objeto cortante. Eu nunca sei quando eles podem escorregar e cortar minha carne. Talvez eles estejam planejando um ataque ao meu corpo. 
E agora, quem poderá me salvar?
Maybe it's just a phase, it will pass.
Porém, no fundo todos sabemos que eu fui esquecido e que as minhas lembranças não passam de memórias póstumas e que ninguém nunca se importa e nunca se importou e nunca se importará e talvez se se importar nunca dirá e se um dia se importou essa importância jaz e se importa agora eu não sei e.