Vejo meus sonhos se realizando e não acordo.
Misturo a realidade com o que vivo enquanto durmo e às vezes não sei distinguir onde estou.
Tenho uma enorme vontade de chorar, mas aperto no peito e sigo em frente.
Aguardo o dia em que tudo seja melhor.
Hoje só queria ter asas e voar sobre o mar.
terça-feira, 16 de outubro de 2018
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Querido diário,
Me recordo lembranças do passado todas as terças, sendo elas boas ou ruins eu as revivo. Choro. As liberto e as observo por outra perspectiva. Na última terça-feira revivi uma memória obscura, ela terminava comigo observando o céu e dizendo que tudo ia ficar bem. Hoje ainda olho para o céu quando as coisas estão ruins e tenho essa certidão de que tudo vai ficar bem, porque não importa o que aconteça: a vida continua.
E o céu é tão lindo ao entardecer.
E o céu é tão lindo ao entardecer.
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Querido diário,
O tempo não existe.
Datas e horas são um modo de controlar a humanidade, de programar a nossa vida.
Tudo ocorre ao mesmo tempo: futuro: passado: presente.
Um triângulo onde estamos inseridos, no meio do fluxo de memórias vividas, viventes e que se viverá existe o nosso eu criador.
Pedi ao universo um objeto simples: um guarda-chuva amarelo, há tempos o desejava, mas nunca o encontrara. Anos depois, num dia comum, numa quarta-feira, numa rua ao acaso, numa loja simples, numa entrada descompromissada, num leve olhar aos objetos eu o encontrei.
Levou realmente um longo tempo para que eu encontrasse o objeto que tanto desejei ou ele estava premeditado a surgir apenas hoje? É acaso ou destino? A resposta está no tempo, mas que tempo?
A resposta não existe.
Datas e horas são um modo de controlar a humanidade, de programar a nossa vida.
Tudo ocorre ao mesmo tempo: futuro: passado: presente.
Um triângulo onde estamos inseridos, no meio do fluxo de memórias vividas, viventes e que se viverá existe o nosso eu criador.
Pedi ao universo um objeto simples: um guarda-chuva amarelo, há tempos o desejava, mas nunca o encontrara. Anos depois, num dia comum, numa quarta-feira, numa rua ao acaso, numa loja simples, numa entrada descompromissada, num leve olhar aos objetos eu o encontrei.
Levou realmente um longo tempo para que eu encontrasse o objeto que tanto desejei ou ele estava premeditado a surgir apenas hoje? É acaso ou destino? A resposta está no tempo, mas que tempo?
A resposta não existe.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Querido diário,
É carnaval, há pessoas nas ruas dançando.
Música alta, bebidas, cigarros e eu: olhar longe, vago, melancólico, sonhador, algo assim já nem sei.
É carnaval, e o único corpo que eu queria era o dele, e ele onde está? E ele quem é?
Aguardo, guardo.
Música alta, bebidas, cigarros e eu: olhar longe, vago, melancólico, sonhador, algo assim já nem sei.
É carnaval, e o único corpo que eu queria era o dele, e ele onde está? E ele quem é?
Aguardo, guardo.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Querido diário,
De tarde sempre sonho com praias.
Eu ando em uma rua batida de terra.
Eu danço com uma amiga e rimos e o vento nos balança os cabelos e no fim eu vejo o mar.
As ondas me inundam e me abraçam e me dizem palavras boas que entopem meus ouvidos.
Eu afundo meus pés na areia e me sinto em casa.
Eu sou um bicho do mar.
Eu sou o mar.
De noite tenho lembranças de locais que visitei em sonhos.
Vejo uma varanda de madeira e uma rua lamacenta.
Sinto saudades da praia.
Maria Bethânia diz "quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que eu não vivi junto do mar".
Eu também, susurro. Eu também.
Eu ando em uma rua batida de terra.
Eu danço com uma amiga e rimos e o vento nos balança os cabelos e no fim eu vejo o mar.
As ondas me inundam e me abraçam e me dizem palavras boas que entopem meus ouvidos.
Eu afundo meus pés na areia e me sinto em casa.
Eu sou um bicho do mar.
Eu sou o mar.
De noite tenho lembranças de locais que visitei em sonhos.
Vejo uma varanda de madeira e uma rua lamacenta.
Sinto saudades da praia.
Maria Bethânia diz "quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que eu não vivi junto do mar".
Eu também, susurro. Eu também.
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