domingo, 14 de agosto de 2016

Querido diário,

Algo me persegue todas as noites antes de repousar: lembranças. As recordações de coisas que nem aconteceram (mas que de tanto imaginar em algum universo ocorreram) me atormentam, assim como as que realmente existiram (essas doem pois ainda são latentes).
A dualidade do amor e do deixar ir sempre foi uma questão difícil. Por medo, eu sempre escolhi partir, só fiquei duas vezes, mas fui partido no fim. 
Karma.
Eu tive que ir novamente porque sentia as rachaduras se formando em meu coração, eu sentia o sangue vazando por veias entupidas, eu sentia a dualidade do eu, você e ele esperando uma estrela cadente cair e destruir os dois: três: um.
Apesar de tudo eu nunca disse o que eu queria dizer, mas acredito que era possível sentir. Ainda é possível sentir. Mesmo que as rachaduras cresçam e o sangue jorre e a dor aperte eu ainda sinto muito.
Por isso preciso ir.