sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Querido diário,

Não ando mais tão triste.
Nem feliz.
Vôo.
Não pra longe, até porque ainda não tenho asas, mas sei que um dia as terei.
Dou pequenos saltos e flutuo, sorrio demais, sorriso largo que dói.
Queria escrever sobre tudo que me aconteceu de bom, mas deixarei essas memórias irem se perdendo no labirinto que é minha mente.
Escreverei sobre ontem a tarde quando eu voltava de bicicleta pra casa e olhei o céu das seis, quase acabando, escurecendo, como se morresse. E era tudo tão bonito, não a morte, mas a imensidão que era olhar o tudo e saber que ainda há esperança pra uma garota como eu, pois era essa a música que eu ouvia.
Pedalava, o peito doía, um quê de felicidade com uma pitada de melancolia.
Assim sou eu, porque temo ser o que desconheço de mim, e assim eu vou, vôo, vôou.
Eu sei que vai dar tudo certo.