Nem feliz.
Vôo.
Não pra longe, até porque ainda não tenho asas, mas sei que um dia as terei.
Dou pequenos saltos e flutuo, sorrio demais, sorriso largo que dói.
Queria escrever sobre tudo que me aconteceu de bom, mas deixarei essas memórias irem se perdendo no labirinto que é minha mente.
Escreverei sobre ontem a tarde quando eu voltava de bicicleta pra casa e olhei o céu das seis, quase acabando, escurecendo, como se morresse. E era tudo tão bonito, não a morte, mas a imensidão que era olhar o tudo e saber que ainda há esperança pra uma garota como eu, pois era essa a música que eu ouvia.
Pedalava, o peito doía, um quê de felicidade com uma pitada de melancolia.
Assim sou eu, porque temo ser o que desconheço de mim, e assim eu vou, vôo, vôou.
Eu sei que vai dar tudo certo.