sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Querido diário,

A loucura me persegue.
Sou uma moça indefesa e ele é um assassino, procurando por mim, achando-me e, consequentemente, destruindo minha vida.
Foi apenas um sonho, e tudo foi gerado.
Tanto tempo sem ouvir sua voz, sem sentir o gosto de seus lábios, o calor do seu corpo, o som do seu sorriso.
Eu precisava de um incentivo para parar no meio da jornada. Porém, algo dentro de mim dizia que eu deveria continuar.
Continuei.
Andei por uma estrada escura, procurando pela luz no fim do túnel, mas não havia saída.
O beijei, e então, o ciclo começou de novo.
Sinto tanto sua falta e ele sumiu.
Dói, mas passa. Como a fumaça de um cigarro.
Preciso de um cigarro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Querido diário,

Sinto-me como um pequeno pássaro que ainda não aprendeu a voar, caindo do ninho e chorando até aprender a subir de novo.
Queria aprender a recomeçar, (re)aprender a andar, podendo depois (por escolha e não obrigação) bater as asas e ir para algum lugar seguro e silencioso onde eu possa chorar sem ninguém para ouvir e perguntar:
- O que houve?
Porque não houve nada, e é isso que me atormenta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Querido diário,

Salve-me da solidão que se apodera de mim.
Peça algo à Deus, peça que ele me conceda paz e amor.
Eu me sinto como uma gazela se sente quando está rodeada de leões famintos.
Correr ou morrer? Eis a questão.
O frio invade o meu coração, não há calor algum que o esquente.
Adeus, adeus, adeus.


terça-feira, 31 de julho de 2012

Querido diário,

Os dias estão obscuros. Nada faz sentido.
A ausência dele corrói tudo, fazendo furos no meu coração e em minha mente, fazendo assim com que os sentimentos, que outrora não existiam, apareçam e destruam tudo. O que antes era forte e não doía, agora lateja e sangra.
O frio do meu coração congela aceleradamente, provocando a morte do amor, fazendo-me pensar que ele nunca existiu.
Tenho que continuar nessa caminhada para o começo ou fim de algo sem nome, algo que dói de tempos em tempos, algo que me puxa para o abismo de onde eu nunca deveria ter saído, algo que me machuca sempre e eu não posso evitar.
Saudades.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Querido diário,

Ando por vielas escuras e ruas densas.
Ando, porque ainda não tenho asas.
Jamais terei, eu sei.
Também sei de tanta coisa que preferia não saber...
Uma certeza de que tudo irá dar certo, já não fica alertando minha mente, todas as vezes em que eu tento dar um passo maior do que a minha perna pode alcançar.
Caio e levanto.
Vivo e morro.
Amo e não amo meu próprio desamor que me atormenta todas as horas em que o reflexo no espelho fica turvo e eu fecho os olhos pra imaginar minha vida sem dor.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Querido diário,

Nada mudou.
O vazio do meu coração continua vazio.
Sem amor, sem cor, sem odor.
Só queria alguém pra esquentar meus pés quando o frio entrasse pela brecha da janela.
Será que é pedir demais?

Querido diário,

Hoje sonhei que alguém me carregava nos braços, durante uma chuva, numa noite escura.
Como em um filme eu era amado.
Depois que eu acordei bateu uma angústia.
Às vezes, de noite, eu olho pro céu à procura de estrelas cadentes que realizem meus desejos mais secretos. Aqueles segredos que nem eu mesmo sei ao certo o que são. Um dia talvez eles se realizem.
Não morri, ainda. Então tudo pode acontecer, basta querer.
Queria poder estar nos braços de alguém agora. Os braços que um dia me carregaram num sonho bobo.
Cansei de cultivar árvores que jamais crescerão. Árvores de amor.
Talvez uma simples muda possa saciar toda a minha dor.
Dor pode ser saciada?
Não sei! Mas acredito que sim.
Enquanto O Amor Da Minha Vida ainda não veio, vou esperar sentado, com um cigarro em mãos e um sorriso  grande, acompanhado de olhos tristes de olhar o que não existe.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Querido diário,

Que dor que eu sinto.
Não sei de onde, não sei de quê, nem sei se.
É uma espécie de angústia que me atormenta sempre e nunca diz adeus.
Meu dia-a-dia anda na mesma rotina de sempre.
Durmo tarde, acordo tarde, saio, fumo, penso e penso e re-penso em nada e só.
Cadê a animação para viver?
Alguém algum dia virá colocar suas mãos em volta do meu ombro e me dizer o que eu sempre quis ouvir, ou provocar borboletas ao sorrir em minha frente, ou somente me fazer sentir amado?
Talvez o amor da minha vida esteja preso entre o passado e o futuro, precisando apenas de um impulso do presente para surgir de volta, ou de vez, em minha vida.
Enquanto isso a dor aumenta, porque ela faz parte.

sábado, 31 de março de 2012

Querido diário,

Perdão por demorar a escrever, estive ocupado demais.
Meus sonhos andam me aterrorizando muito, estou com medo.
A morte me visita às vezes. Acho que ela quer me levar.
Não sofro por quem não merece, não sofro por mim.
Nasci para morrer, segundo Lana del Rey.
Na verdade eu e você... Mas, quem é você?
Você, provavelmente, é eu mesmo oculto entre as sombras e as mentiras de algo sem vida.
Tormentas estão vindo.
E impedir o destino pode ser crucial para mim.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Querido diário,

Dormi muito mal e estou cansado. Meus ossos doem e nada melhora.
Tive sonhos estranhos, não quero lembrá-los.
Fiquei decepcionado quando procurei cigarros na carteira e não tinha nada, fumei tudo.
Ando um pouco pensativo demais.
Escrevo coisas sem nexo.
Não sei o que houve mas mudei.
E talvez seja difícil voltar.

domingo, 25 de março de 2012

Querido diário,

Não sei a razão de nada, quero esquecer ou apagar.
O céu hoje está lindo. A janela do quarto me mostra uma bela paisagem.
Quero acender um cigarro e ficar bem.
Ouço uma música triste no rádio e quero chorar. Mas o choro me esqueceu em algum lugar do passado.
Se eu fosse um pássaro, viveria voando pelos céus claros e chuvosos.
Não me importaria com nada, só com a possibilidade de, um dia, perder minhas asas.
Tenho medo de perder minhas razões de amar alguém.
Será que amo alguém?
Talvez eu ame a mim mesmo, e tudo pode ser respondido.
Se houvesse perguntas.