Um novo ciclo se iniciou em mim meses atrás.
Não consigo mais regressar.
Por mais que eu tente voltar ao que eu era, parece que sempre estou nadando contra a maré e me afogando no rio do tempo.
Paro.
Descanso.
Os pés balançam para me manter na superfície.
Olho ao redor os incontáveis litros de água (que aqui os defino como tempo) e mergulho.
Abro os olhos e vejo o futuro, arde um pouco, mas é tão bom, tão bonito, tão alcançável.
Já não penso em olhar para trás.
Subo.
O céu e o rio se tocam na margem.
Prosseguirei, mesmo que canse.
Nadarei até alcançar o que eu sempre quis.
E eu sempre quis.