segunda-feira, 30 de abril de 2012

Querido diário,

Nada mudou.
O vazio do meu coração continua vazio.
Sem amor, sem cor, sem odor.
Só queria alguém pra esquentar meus pés quando o frio entrasse pela brecha da janela.
Será que é pedir demais?

Querido diário,

Hoje sonhei que alguém me carregava nos braços, durante uma chuva, numa noite escura.
Como em um filme eu era amado.
Depois que eu acordei bateu uma angústia.
Às vezes, de noite, eu olho pro céu à procura de estrelas cadentes que realizem meus desejos mais secretos. Aqueles segredos que nem eu mesmo sei ao certo o que são. Um dia talvez eles se realizem.
Não morri, ainda. Então tudo pode acontecer, basta querer.
Queria poder estar nos braços de alguém agora. Os braços que um dia me carregaram num sonho bobo.
Cansei de cultivar árvores que jamais crescerão. Árvores de amor.
Talvez uma simples muda possa saciar toda a minha dor.
Dor pode ser saciada?
Não sei! Mas acredito que sim.
Enquanto O Amor Da Minha Vida ainda não veio, vou esperar sentado, com um cigarro em mãos e um sorriso  grande, acompanhado de olhos tristes de olhar o que não existe.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Querido diário,

Que dor que eu sinto.
Não sei de onde, não sei de quê, nem sei se.
É uma espécie de angústia que me atormenta sempre e nunca diz adeus.
Meu dia-a-dia anda na mesma rotina de sempre.
Durmo tarde, acordo tarde, saio, fumo, penso e penso e re-penso em nada e só.
Cadê a animação para viver?
Alguém algum dia virá colocar suas mãos em volta do meu ombro e me dizer o que eu sempre quis ouvir, ou provocar borboletas ao sorrir em minha frente, ou somente me fazer sentir amado?
Talvez o amor da minha vida esteja preso entre o passado e o futuro, precisando apenas de um impulso do presente para surgir de volta, ou de vez, em minha vida.
Enquanto isso a dor aumenta, porque ela faz parte.