segunda-feira, 4 de abril de 2016

Querido diário,

Eu poderia listar várias coisas que me fizeram se apaixonar por você, mas acho melhor não.
Carrego comigo até hoje nossa primeira conversa, anotada em um livro, grifada na minha cabeça.
Uma conversa que deixou-me acordado a madrugada inteira, cochilando por poucas horas e acordando para a rotina de dois mil e treze.
Às vezes eu me imaginava deitado em teu peito nu e te ouvia respirar, enquanto o mundo ao meu redor era um caos, meu barco estava ancorado em teu cais.
As luas seguem suas fases: assim como nós seguimos as nossas, assim como você minguou e eu cresci, assim como você se foi e eu sofri.
Gato de Chesire, adeus.