sábado, 31 de agosto de 2013

Querido diário,

Quem atiraria a mesma pedra duas vezes e não se cansaria até conseguir rachá-la e enfrentar a nostalgia que rodeia as calamidades da morte?
Seria possível encarar o espelho rachado, a água turva, o olhar sofrido de algum desconhecido que anseia por um ombro amigo sem um pingo de dor?
Ou aceitar os balões com confete caindo em cima de nossas cabeças, introduzindo pensamentos fúteis sobre: o que comer amanhã? O que inventar para a mãe? Ou naquela cachoeira oculta no meio da floresta.
Não quero uma sombrinha nova, nem aceito um pedaço de bolo.
Só quero alguém que expulse os demônios que eu carrego nas costas, e assim voaremos felizes, como andorinhas, livres e capazes de realizar desejos ilimitados.
Preciso decodificar os códigos que envolvem minhas angústias.
Preciso de um café.
Adeus coração.

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