terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Querido diário,

No sábado as conchas se abrem para um mar claro de desejos e pérolas.
Eu desejei vê-lo, enquanto caminhava até o ramo para entrar em crisálida e cobrir-me com minha própria tristeza, e o vi.
Depois de criar asas, pousei em um bar e o revi, acendendo um cigarro do lado errado, ri.
Eu queria que ele visse meu riso, minha metamorfose, meu casulo, minha trilha de larvas e ele não viu, ele nunca vê, ele nunca verá.
No domingo as conchas se fecham para um mar obscuro, sem desejos, sem pérolas.

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