terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Querido diário,

Hoje de tarde antes da chuva eu pulei o muro e andei até a outra rua.
Na volta, acendi um cigarro e fiquei parado, no meio do mato, olhando o nada e sentindo os pingos que caíam em mim. Quando olhei para cima vi uma árvore seca, igual essa que está presa em mim enquanto escrevo esse texto, e senti uma enorme felicidade triste. Percebi que todos os dias percorrendo o mesmo caminho nunca havia sequer notado a existência daquela árvore, daquele outro pedaço de mim, e concluí: é assim mesmo que eu faço com o amor.

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